segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

SAIDEIRAS...

SAIDEIRAS...


2012 começou com  muita chuva, tempo fechado; e termina com muito sol, céu azulzinho...


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Foi Brasília, BH, muito Carangola; muito sentimento de pertencimento de planeta, de Brasil e de América Latina.


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Reencontrei e passei belos momentos com a família, com velhos amigos e amigas. Encontrei novas pessoas, afetos e amizades.
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Carinhei meus pais; muito. Recebi de volta, como sempre. Voltei, muito, para a raiz. Energia recebida e trocada.


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A família aumentou com um sobrinho lindo e sorridente nos lábios e nos olhos (da cor do céu).

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Viajei. Apertei os cintos nas turbulências - atento ao aviso. Voltei! "Viajar, mais que tudo, é retornar";  fraseou, sabiamente, Abgar Renault.




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Foi um período de encontro com novos mundos e de encerramentos de outros.                                          



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Reatei laços. Desfiz os que os que já estavam apodrecidos e senti o ar puro que ainda existe noutros recantos do planeta.
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Senti as perdas e comemorei muito as vitórias; as minhas e as coletivas. Gratidão pelas bençãos, pela união e ajuda das mãos amigas - as vezes invisíveis - "coisas desse universo invisível", como tuitou uma amiga muito especial e querida; maravilhoso, eu completo.
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Ouvi belas músicas, sons - inclusive os da natureza, o canto dos passarinhos, das àguas dos rios, das matas, do mar e de montanhas altas -; ouvi o silêncio - sobretudo o meu.


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Ainda assim, palavrei; sou um falante - com ouvidos atentíssimos: pelo telefone, olho no olho, prosa aberta, franca, sorridente, solta, leve, outras duras como e quando tem de ser. Pela internet, iniciei este blog. Tuitei, escrevi e respondi longos e curtos emails, facebookeei; troquei mensagens, recomendei, postei, curti, descurti, escrevi e debati - quando necessário. Conectei e me desconectei.


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Assisti bons filmes e me encantei e emocionei  bastante com o francês: " E se vivêssemos todos juntos?".


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Li alguns livros. Reli muito mais. Fazia tempo que eu queria isso. Reler é bom demais. Outro leitor. Outras leituras e fascinantes descobertas nos traços e marcas do que/como um dia já fora lido. 


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Voltei a cozinhar. Experimentei novas receitas e sabores. Voltei a sentir o gosto e cheiro de sabores da infância e da adoslescência/juventude.
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Cuidei da saúde física e espiritual, minha e dos meus próximos.
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Passei uma excelente e singular data no dia 12/12/12 - que não se repetirá para mim - junto e ao lado de pessoas muito amadas e queridas.
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Tive belas epifanias.
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Escrevi muitos rascunhos.
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Não vi meu time de coração erguer troféus durante o ano, mas fiquei feliz e esperançoso com a vitória, a posse e sobretudo o discurso de posse do novo presidente do clube que falou palavras diferentes - além do futebol...


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Me choquei, indignei, escrevi, tuitei e combati contra as sacanagens perpetradas com o dinheiro e as coisas  públicas no Brasil e no meu Estado; contra o espetáculo midiático e "mancheteiro" das grandes redes e corporações - que os "incautos" parecem ainda não terem aberto os olhos para o que realmente está em jogo.. ( Tempos de ódio?) "Derramento de bilis, não combina com a produção de neurônios", disse mansamente o ex- presidente e ministro do STF, Ayres Britto para um dos "jornalões" paulistas. Não são músicos, mas a orquestra toca afinada. Não são esportistas, mas fazem belas jogadas.  
                                                                            
Na minha aldeia - Carangola, foi eleito um prefeito que ninguém conhece. Mas como assim? É, isso mesmo... Quem o conhece é Pedra Dourada/MG, município vizinho de onde ele foi prefeito e agora elegeu sua esposa. O resto da história perguntem para a Justiça Eleitoral, ao Governo de Minas e principalmente ao Secretário de Governo Danilo de Castro e ao seu filho Rodrigo, Deputado Federal. Eles devem saber explicar. Nem eu, nem a maioria da cidade não sabemos; ainda. Mas nem por isso, deixarei de torcer para que ele faça um bom mandato justificando os votos recebidos dos carangolenses e dos que escolheram Carangola como sua terra e  honre os votos recebidos, a cidade, suas esquinas, sua gente, suas nuances, glórias e mazelas; sua História, que ele certamente não conhece.

                                                                               
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Falei que em 2012 foi muito Carangola. Se muita coisa boa que ocorreu não tivesse acontecido, esse reencontro já me bastaria para tornar o ano realizado. Participei por exemplo, novamente, neste dezembro do 26º encontro de final de ano da minha turma  - a "pelada de final de ano". Carangola não é Caratinga, que pariu Ziraldo. Mas é terra de muitos artistas, dos bons - mesmo - e pariu, entre outros, o Sandro Leal - violeiro, artista, frasista - que ao soltar uma de suas, no encontro da turma em julho: "Mulher Não é Homem Não", deu o tom e nome deste encontro de dezembro. Proponho - já que as pernas e as barrigas (dos homens, claro. As meninas continuam lindas.) não nos permitem correr os 90 minutos, que tomemos a bela/sábia frase do Sandro, que é Leal desde o nome, e façamos em 2013, vídeos, crônicas, pinturas, músicas, bloco de carnaval e o que pintar na cabeça da moçada que continua, amiga, unida, trabalhadora, debochada, bem humorada e pra lá de... criativa!!! 



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Entre as grandes "perdas" do ano - uma muita sentida foi a do gênio Niemeyer. Não escrevi aqui no meu espaço - que não é do Zuckerberg e é meu, por enquanto. Alguns bobocas, polemistas e até grandes amigos disseram suas impressões e críticas. Talvez não conseguiram ver as coisas além da reta e do quadrado, ou ainda vivendo com o "complexo de vira-lata", bem fraseado pelo Nélson Rodrigues. Eu o considero gênio: da arquitetura e da vida. Não me recordo o nome agora, mas disse um renomado artista europeu que depois da Renascença a arquitetura só viveu uma grande transformação que foi com Niemeyer... Concordo, inteiramente. Grande frasista e dono de fina ironia e sabedoria, perguntado certa vez sobre sua música predileta, o nosso gênio disse que era a daí debaixo, que encerra este  post, e que eu compartilho, sempre otimista, com fé no mundo e numa humanidade melhor, desejando a todos um feliz, harmonioso e abençoado 2013!  

Canta Canta Minha Gente!